Dispersividade
Há poemas que são o caos da mente
Feitos para destruir falsas verdades
Que nos trazem todas as maldades
Que imperam no coração da gente
Escritas com sangue pelo cotovelo
Borbotoante de beleza e zelo
Como a ante obra de Dostoievsky
E que nos faz arrepiar os cabelos
Que parece um arvoredo desfolhado
Onde a esperança falece ao desgosto
Morrem folhas e flores no gramado
E a mão que afaga o verso amado
Enxuga as lagrimas do rosto
O retrato da consciência
Que se encharca de maneira abissal
E eu que procuro teu olhar
Para unir e implorar paciência
É loucura que se instala onde o mal
Impõe-se pela tua ausência
Alexandre Montalvan
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