os silêncios
em bando
não fazem
o céu
menos
barulhento
nem os lábios
[fechados]
amparam o grito
dos vocábulos
[enjaulados]
nas catacumbas
do peito
…falta-me a coragem de dizer “amo-te ”
com os braços
e abraçar-te com os lábios
num adeus
ainda no começo
de um olhar
temos de esvaziar as folhas em branco
daquele caderno
escrito de dentro para dentro
esvaziar o crude do medo
do leito do âmago
juntar a lágrima á saudade
e seguir em frente
e sempre
lembrar
que a chave mestra
de uma alma
iluminada
é um coração
em penas
[ empertigadas ]
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