Quantos dias são os da minha morte
Se os contar de amanhã para diante
Sem esquecer os que antes não vivi
Sem somar outros de minha consorte
Mulher mãe que sofre, mulher amante
Gente só como eu da dor que escolhi
Quantas mortes têm esses meus dias
Se as enterrar numa mesma sepultura
Sem esquecer de calcar bem a terra
Sem a enfeitar sempre com camélias
Homem pai que chora, alma impura
Gente louca como eu vem da guerra
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma