Quando a vida lhe passou ao lado
E inerte o olhou de relance
Bom e mau, bela e feia
Chorou o destino malfadado
A morte em cada nuance
Do desejo preso numa teia
Entre o tempo de cá e para lá
Um sorriso cercado de abraços
Afastava assim os braços de si
Cantarolava o Dó, Ré, Mi, Fá
Dançava e trocava os passos
Morri, servi, vivi
Calou a noite no silêncio do dia
Estrelas e outros astros cegaram
O gasto céu azul era já incolor
O sangue nas veias efervescia
As iras que renasciam morreram
Não havia qualquer dor no amor
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma