Percebo-te fitando além dos montes
A procurar infindas alegrias
Aguarde que o amor da tua vida
Virá cortando os céus e os horizontes.
Um ponto luzidio no espaço
Que, aos poucos, vai crescendo, vai crescendo...
Azuis, são asas azuis, em tons de aço
Planando azuis com asas contra o vento.
E surge a alegoria do momento
Que o peito explode a pira em fogo puro
Faz fátuo fogo o céu e o firmamento
Tecendo um novo sol por trás do muro.
Então estique os dedos, os abraços
Em tentativas vãs vem me alcançar.
Estou do lado, aqui, a suspirar
A suspirar por ti, por teu regaço.
A soluçar por ti, lamento a sina.
Revolto os meus cabelos mais que o mar.
Uma vontade insana de gritar
Teu nome sacrossanto, Carolina!
Mas há na luz do Céu um criador
Que curará as asas quebrantadas
Com um sopro se desfaz todas amarras
Seremos aves livres, meu amor,
Felizes no infinito... em nossa Casa!
Gyl Ferrys