É tão estranho rever uma paixão antiga!
Daquelas que um dia já te abalou
Que chega a te dar aquela fadiga
Pelo tanto que por ela se chorou
Mas mesmo lembrando do choro farto
E das angústias que ela me acometeu
Eu não tiro as lembranças do meu quarto
Nem da mente os momentos que me deu
A Paixão aqui por dentro nunca morre
Ela muda, transforma, desloca e acresce
Ela adormece, se esconde ou até corre
Mas nunca deixará que se esquece
Paixão é fogo, que assa até que torre
Mas ela sempre, sempre, te aquece!
@Lvccas, Recifense (PE) radicado em Campinas-SP.
Soneto escrito em 03/05/2022 numa noite angustiante de crise de ansiedade.
Esquema de rimas: ABAB CDCD EFE FEF