[Mãe natureza]
Alegria que emana da tristeza
Luzes, reflexos escuros, sombras,
Contrastes de um amanhecer emocional.
Me espanta sua maneira de me dar olhos
Para enxergar tudo ao sabor do natural.
Fazendo-me rebentar um sorriso
Ao som de um coro suave, silvestre
Me pegando ao colo para me fazer apreciar
Um belo por de sol campestre.
Oh névoa que vem do mar
Agracie meu peito, faça meu coração apaziguar
Leve-me para longe, ao alcance das montanhas escuras
Endireite minhas veredas entre suas curvaturas.
Me ensine a entender suas leis
Com sua majestosa sabedoria que derruba reis
Desertos pintados, areias escaldantes, visões do passado
Humilde poeta, um aprendiz
No encosto do seu seio não fica calado.
Leve-me de volta aos dias de outrora
Preserve-me na sua fúria
Posta ao seio de uma tempestade
Conte-me sobre os segredos da eternidade
Os tolos não podem ferir sua castidade.
Diante de uma nascente, me deste sutileza
Ao olhar as águas surgirem
Declarando, dançando, cantando
Fazendo os Pensamentos sumirem.
Sábia dama belamente adornada,
Mostre sua realeza
Receba seus filhos na ternura de seus braços
Ó nobre mãe natureza.