Sou o inverno na culpa
Suplicando pelo eterno amor
Desterro-me errante sem fôlego
Quando perco meu navegar
Na luta pelo sol me amo
Curada na partitura do anjo
Se me enterro louca por mim
Capa dura tomo querubim
Trespasso a manhã
Perseguindo o maná
Que me esconjura, deleita e ensina
Enjeita a minha sina
Fecunda o jardim de meu ventre
Cálice de alimento
Poder vibrante no corpo
Que se faz morto
Ante a atrocidade, rebeldia e tempestade
E se colhe outro
Na mansidão da eternidade