O sofrimento do trabalhador parece não ter fim
A luta diária contra o sistema exploratório
Parece ser uma batalha perdida
O trabalhador é sobrecarregado demais
Explorado ao extremo de sua capacidade
Que perde a esperança
De um futuro que não seja exploração,
Fadiga e sofrimento.
O trabalhador tem medo demais do futuro
E, por isso, não consegue desfrutar
Das belezas da natureza
E não vê os encantos da vida.
Como enxergar a beleza da poesia nas flores
Se os olhos estão cansados demais
Da laboriosa lida dura da vida?
A natureza é jovem e bela,
As flores são lindas...
Mas como ver tudo isso
Se o trabalhador não tem tempo
Nem mesmo de ver a luz do sol?
Enclausurado em suas salas de trabalho
Esquifes fechados em vida.
Sabe ele que é insuficiente o que ganha
Mas que não tem outra solução
É preciso derramar o seu suor, e até mesmo o sangue,
Se quiser ter o mínimo
Que sirva para a sua sobrevivência ou de sua prole.
O capitalismo selvagem
Destruiu as chaves do cofre
Onde se guardava o segredo da felicidade
E ninguém mais está seguro neste mundo
Onde impera a tirania do urgente
Para ontem
E o trabalhador que dê o seus pulos
O sistema não para
E esmaga quem se detiver a sua frente.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense