Suas palavras são vazias
Ferem o meu coração
Quando dizia que me amava
Longe de mim estava seu pensamento
E eu fiquei sozinho.
Não acredito no eco dos trovões
Quando são ameaçadores
Quase sempre não acontece nada
A chuva nem mesmo aparece
Apenas a sensação de pavor.
Você gritou aos quatro ventos
Falou o que tinha na alma
E eu quase acreditei nas promessas
Que hoje sei não valem nada
E sigo assim sem destino algum.
Essas palavras nunca foram confiáveis
Mas eu sempre acreditei
Sempre tive esperança de dias melhores
Isso é coisa de quem ama cegamente
Não consegue ver a realidade.
O eco dos trovões enganam
Nunca acontece o que prometem
São levados pelos ventos
Se perdem na imensidão
Assim como a esperança do meu coração.
Quero agora descansar
Deixarei de em você pensar
A vida deve ser como um dia de sol
Sem o barulho dos trovões
Porque não acredito mais nos ecos deles.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense