Ainda ontem,
quando criança,
abria o guarda-chuva
com varetas poucas e tortas
feito dos não raros ataques
de águas tantas
e a janela escura
de madeira mazelada de
um tempo sem zelo
abria zelosa…
Bons tempos
em que eu me jogava
sem medo
talvez por ser ainda cedo
para temer o depois
que só chegava depois
de um salto concretizado
na sobra de vento
e falta de arrependimento
E o gelar da espinha
no tempo de queda livre
até aquele plantar de pés
e florir de pensamentos
ainda agora sinto…
Havia tanta felicidade
além da janela!
E quanta saudade há
de tudo que habitava
dentro dela..
honey.int.sp.21/03/2022
Imagem retirada do Google.