porque o verso
rasga a cortina do teu corpo
sinto-te
no calabouço dos olhos
caio
tateando a escuridão
aluvião é
tua umidade
fora e dentro
do chão.
em cada poro
mata-me a sede
se única gota de ti adentra
afoga-me sem ruídos
que dissipem
tua presença .
respinga-te silente
o vento
em contornos
noite adentro
sob arvoredos em crepúsculo
de palavras desejosas
valso dedos
para acolher-te
em pétalas
pétalas
de segredos.
Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.
republicado e
editado.