Prosas Poéticas : 

PANAPANÁ

 
.
.
.
..deitou-se ferro à beira do córrego, água mansa, transparente, areia ocre, se via ali o revoar de asas multicoloridas num afarfalhar silencioso, surpreendentemente inigmático...
meus olhos tiveram dificuldade de acompanhar aquele belo e frenético bailado; imaginei compor uma canção...
no chão ferroso e húmido, um tapete formado por outras tantas, sugando, extraindo minerais, alimentos que as sustentarão no curto tempo às crisálidas...
ares de crepúsculo, e num zaz, debandaram antes de o véu da noite acortinar o breu sobre os igarapés...
se pôs a rabeta a retornar seu curso à foz, riscando o rio, ondulado-o com veios marrons prateados, sentindo a mata se fechar no rastro em 'V' à popa. momentos marajó!

 
Autor
ZeSilveiraDoBrasil
 
Texto
Data
Leituras
839
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
6 pontos
2
2
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 05/04/2022 19:16  Atualizado: 05/04/2022 19:16
 Re: PANAPANÁ
.
Que poético panapaná multicolorido
em silêncio como uma melodia
que dança freneticamente na foz.

um abraço poeta Zé Silveira