O rumor das palavras a subsistir
nos pedaços do meu corpo circunscrito
à fala da terra. E o silêncio.
Tão fluido o silêncio desarrumado
entre elas
_as palavras_
sem que eu consiga ancorar uma réstia
de luz em fuga.
Por entre nomes eternos
escorrem texturas de ausência
um vento incandescente a soprar cheiros
e afetos
a linguagem do lume a esgotar-se
na lareira.
O rumor das palavras a reconstruir
o gesto
o recorte dos ramos nas memórias
roubadas ao tempo
como se o olhar fosse um sussurro breve
a deslizar por entre os dedos
na urgência de fazer ressoar em mim
a fragmentação dos cardos indecifráveis.