Em lugares comuns
As cinzas sobrevoam os cânticos
a floresta da minha alma
escuta os murmúrios do mundo
a terra abana os desertos em silêncios
os céus destapam os gritos
as cidades agitam-se lentamente
tão lentamente que não se entende
as portas da luz rangem
como se fossem passos em soalhos velhos
dobram-se as esquinas
em lugares comuns
questiono os movimentos das palavras
o amor queima as dores
e por onde anda?
Afinal para que servem as palavras?
E o sonho do voo dos pássaros livres?
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...