Regresso ao poema com letras
maduras no coração do degelo. Como gestos marcados
pela música do olhar onde o teu
sorriso morava.
Cruzas no teu rosto palavras
indecifráveis
espartilhadas num espaço onde a claridade
se apagou.
Por perto o medo
a morder-te os traços cansados.
Deslizas
impreciso
abandonado de palavras
a impedir o choro e o
silêncio das veias.
A obrigação de resistir. Até à extinção
da cor.