Existem dias, que jamais vão voltar e sonhos grandes, que não cabem na mão, lagrimas tristes, que deixei de contar. Sentado, no frio degrau da escuridão, ficou o meu olhar sem coração, desarrumado...a respirar.
Deixo o meu corpo nas margens do vento, gavetas fechadas pelo sal da dor, talvez haja espaço, talvez tenha tempo, de olhar os teus olhos, de chamar-te amor.
A escuridão afaga-me o frio do corpo, rendida ao desalento do penar batem as horas num relogio morto, que perdeu o conto, na hora de contar. E eu vejo a luz secreta do teu sorriso, á minha espera, para lá do paraíso.
Deixo o meu corpo seguir onde o teu for, estrelas cadentes na noite de breu, dizes que és minha, chamas-me de amor, chamo-te de amor e digo que sou teu. Hoje, sempre, até ao fim, meu amor, tu és metade de mim!