Os sinais estavam por todos os lados
Um olhar misterioso no silêncio
Em meio a multidão nas ruas
O sorriso discreto
Quase imperceptível
E o rubor na face bucólica
Eram os sinais mais evidentes já demonstrados.
A timidez impedia qualquer movimento
O medo das decepções
E se fosse tudo criação
Da sua própria imaginação?
Não desejava mais passar
Por outra desilusão
O coração não suportaria isso.
Mas, lá estava aquele olhar
Singelo e convidativo
O que se perde em arriscar?
Dúvidas na cabeça
Incertezas no coração
E ninguém segue a razão nessas horas.
Não vê mais ninguém em meio a multidão
Apenas aquele olhar
O faz se entregar ao sentimento
Já que não consegue mais tirar do pensamento
Deixa o amor acontecer.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense