Poemas : 

HIPERGRAFIA

 
Tags:  Metapoema    hipergrafia  
 
Gosto de escrever escrevendo até quando não tenho o que escrever...!
Inventando o que escrever e tendo assim poesia!
Escrevo o que gosto... e não gosto de não ter o que escrever!
Escrevo de paixão, por compulsão, por amor, por um amor e por ter 'hipergrafia'!
Esse mal que se faz necessário para a falta do que fazer!
Um bem ainda que rasurado e mal compreendido por quem for ler!
Veneno antimonotonia composto ou movido por uma ilusão...
Levando outros a amar, pensar, só se distrair ou também delirar!
Uma missão que me foi 'dada' por Santo André Bretón, entregue por um anjo torto,
Trazida desde a infância querida... mania ou grafomania
Da parte de algum especialista, e de Deus se for um dom!
Escrevo, digito, rabisco o que penso pra mostrar que existo!
Desenho um coração desengonçado, mas que também é lindo e tem amor,
Descrevo uma pessoa amada na forma de versículos que não resumem o que sinto!
Hipergrafia, metapoesia...
Uma filosofia de vida... uma estranha e linda mania, benção ou 'maldição'...
Escrevo sobre o tema que for!
Mulheres alheias e passantes, ambrosias ambulantes a desfilar no envoltório dum vestido...!
Uma ex-professora de 'português maçada', nosso amor e filho que ela nem imagina que existiram...
O tergal e o xedô nas saias do Carmela, a história de vida e trajetória dessa madeira
Até se tornar a mesa sobre a qual escrevo!
Os verdes pastos, os mares, as nuvens que passam pelos ares... a pedra no caminho,
O que se passa lá do outro lado do mundo... pra passar o tempo, jogos de palavras, de guerra,
E de milho aos pombos da Praça da Paz Celestial...
E até sobre o que se passa no espaço sideral!
O que já passei, nunca fiz, poderia passar ou viver e o que já não existe mais!
Sobre tudo, mais um pouco ou o nada!
Um soneto para alguém que nem sabe o que é um, não quer saber, não o mereça ou me mereça!
Para Adélia, seus caracóis com os meus mafagafos, sobre meninos e lobos, PARANGOLÉS-BOROGODÓS ou só para juntar num calhamaço...
Pras minhas gavetas, minha dinda e o Reino Suevo junto com esses shorts doados... às saias do prazer!
Para mim mesmo, você, tudo em volta, um sarau, essa vasta rede mundial,
Quem me lê agora ou para a posteridade!
Eu tenho hipergrafia, mas não se preocupe, apenas me dê papel e caneta!
Eu tenho hipergrafia crônica, em verso, prosa, isométrica, corruptelada e coloquial na bagunça do dia-a-dia...!
Eu tenho hipergrafia, mas não me julgue e sim me ajude lendo o que eu escrevo!
Escrevo porque sou alegre e triste, a felicidade até existe...
Escrevo com e sem porquê, na solidão da madrugada, na chuva, na fazenda, na favela, para o Cristo da janela
E numa casinha de sapê!
É hipergrafia... e se sofro transformo em poesia!
É só hipergrafia, um 'transtorno' que me traz alegria!

https://gustavoreymond.blogspot.com/

 
Autor
DANGUSTAVO
 
Texto
Data
Leituras
620
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
3 pontos
1
1
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
MarySSantos
Publicado: 10/03/2022 22:41  Atualizado: 10/03/2022 22:41
Usuário desde: 06/06/2012
Localidade: Macapá/Amapá - Brasil
Mensagens: 5852
 Re: HIPERGRAFIA
"Uma filosofia de vida... uma estranha e linda mania, benção ou 'maldição'...
Escrevo sobre o tema que for!
Mulheres alheias e passantes, ambrosias ambulantes a desfilar no envoltório dum vestido...!
Uma ex-professora de 'português maçada', nosso amor e filho que ela nem imagina que existiram...
O tergal e o xedô nas saias do Carmela, a história de vida e trajetória dessa madeira
Até se tornar a mesa sobre a qual escrevo!
Os verdes pastos, os mares, as nuvens que passam pelos ares... a pedra no caminho,
O que se passa lá do outro lado do mundo... pra passar o tempo, jogos de palavras, de guerra,
E de milho aos pombos da Praça da Paz Celestial...
E até sobre o que se passa no espaço sideral!
O que já passei, nunca fiz, poderia passar ou viver e o que já não existe mais!
Sobre tudo, mais um pouco ou o nada!"


**************

O observador vive o que observa
e porque muito observa pensa que não vive
porém, os sentimentos que se afloram pelo observar
é que batem o martelo:

VIVO!

Gostei de ler!

Maria