Recomeço as minhas crónicas a entrar para o estúpido, com uma notícia da actualidade.
Andava a apanhar pinhas no souto, lá ao pé da minha aldeia remota, quando uma passarinha para o cheiinha, veio cantar ao meu ouvido que o terror tinha chegado.
Fiquei logo aterrorizado.
Desde de onze de setembro daquele ano, que me deixei de curvar ao sol poente. Não fosse alguém rebentar de gozo.
Na faculdade de ciências da universidade lisboeta, aquilo esteve pró mal!
Então um puto, de dezoito anos, cheio de acne e cheiro a leite de cabra, achava-se um terror!
Pus-me logo a pensar em células terroristas para Alá e para Acá, e aqui houve, também, o juntar novo duma Web que o meu povo, agora, descobriu que pode ter uma cor: o escuro.
Sobre os tipos de escuro que existem, não vou dar cavaco.
É só consultarem um novo estilista e darem um tonzinho... Gosto do azul-escuro, por exemplo.
A descrição do marmanjinho, deu-me um ataque de riso, mais terrorista do que o do chavalo.
Não a cor dos olhos, nem quantos centímetros mede, mas as suas armas de eleição.
Gás e armas brancas.
Para que se saiba, uma arma branca só pode ter esse nome escuro se a sua lâmina tiver mais de quatro dedos. Os dedos não podem estar ao comprido, nem serem do primeiro dedo do pé.
Para não ficar muito fora de pé, a lei determina que são dez cm, sem cabo.
Uma faca da cozinha. Das pequenas.
Como a notícia deu o plural, deviam de ser pelo menos duas. Estou a imaginar um cinto com umas quinze. E o rapazola fornicado, por só ter duas mãos.
Ia haver facada.
O gás é altamente inflamável. Aqui pergunto-me, se seria butano ou propano. É que faz toda a diferença!
Pelo menos foi o que me disseram os senhores da Galp, quando vieram cá a casa instalar o Gás natural. As botijas ainda pesam!
Depois, é só um fósforo, ou como os modernos fazem, um isqueiro.
Que graça, os zippos também funcionam a gás.
Se fosse flatulência, é que estava o caldo entornado...
Mas a nossa sorte, é que ele falou tudo em redes sociais escuras. As nossas secretas algemaram o tipo, sem jeito nenhum para homem-bomba.
Talvez a ideia dele fosse um seppuku, e tivesse medo de faltar a luz e usar um candeeiro da campingaz.
Tantas hipóteses...
Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.
Eugénio de Andrade
Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.
Para todos os efeitos, temo o terrorismo. Esse tipo de organização para o mal, por motivos religiosos ou outros, são outra face pobre e podre do Homem.
Paz e amor...