Eu procurei no palheiro a pulga que te mordeu,
para saber a razão de tamanha judiação,
a quem nunca lhe ofendeu depois de muito trabalho,
do uso intenso da lupa eu encontrei a meliante,
pequena filha da puta que me disse sorridente.
meu ofício é morder gente porquanto não te incutas,
esta é minha natureza se suguei tua princesa,
não foi por motivos torpes nada tenho contra ela,
a mordo desde donzela pela minha sobrevivência.
mas se te sentes afoito então pratique teus coitos,
distante deste estábulo isto aqui não é motel,
nem vai levar para o céu quem trepa as escondidas,
ou pulga desaforada me deixas apavorado,
ao picar minha querida toda via tens razão,
cada um com seu quinhão nos ditames desta vida.
Enviado por Miguel Jacó em 14/02/2022
Código do texto: T7452203
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Miguel Jacó