Sonetos : 

DOR HEDIONDA

 
Quieta, eu vagueio pelo chão da minha alma,
Que levita num oceano em ondas desiguais.
Um vento manso me atenua a calma,
Eu quero o vazio a me romper a paz!

A dor mortiça me aperta o peito!
Como se aberto, estivesse meu engano...
Numa espécie de caixa febril - deleito,
Uma hedionda dor, que corrói os meus planos!

Tento lutar com minhas parcas forças!
E feito a moça que o vento completa,
Com beijos fortes, vago alma inquieta...

Num labirinto em corcéis levianos!
Eu cavalgo longe, à penumbra dos insanos;
E chego ilesa ao meu íntimo que repousa!

(Ledalge,2008)



"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)

 
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Ledalge
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 30/04/2008 22:05  Atualizado: 30/04/2008 22:05
 Re: DOR HEDIONDA
Núria,
A dor hedionda ou a felicidade extrema sempre te leva a um poema pleno de significados e emoções.
Bjins, Betha.