A CADA NASCER… ESPERANÇA
Aquele pedacinho de gente,
acabadinho de nascer -como
tantos outros mundo afora -,
sossega agora, junto à mãe.
A mãe, não esconde alegria,
soletrando delicados beijos,
sussurrando seu nome -
achegando o peito, para ele beber.
Nisto bebendo, são os olhos
da mãe, que ele memoriza;
aos quais jamais esquecerá,
e ao seu cheiro, incomparável.
Roupas brancas acercam-se
do bebé, pesando-o de seguida;
mas seus olhinhos, procurando,
não encontram o objecto, de sua afeição.
Ao susto, corresponde um choro…
buscando a mãe, com as mãozinhas.
E já no colo, de sua ventura,
enfim, adormece - divino sono.
Vendo-o dormir, cinge-lhe os braços,
num aconchego maternal,
murmurando um cândido sorriso
àquele que lhe deu razão, de seu viver.
Jorge Humberto
12/10/08