Na tempestade surpresa,
eu tive que pular miúdo,
tentei salvar mas não pude,
os meus bens materiais,
a natureza voraz,
invadiu a minha vida,
me abriu novas feridas,
judiou-me um tanto mais.
mas algo me disse rapaz,
aquiete os teus desalentos,
a vida é como um vento,
seus rumos mudam demais,
pensando neste conselho,
deitei no meu chão batido,
encostei bem o ouvido,
para assuntar o meu Deus.
e logo tive a resposta,
ele disse o que tu gostas,
não vai te dar a coroa,
pois os desejos carnais,
fazem de ti um animal,
sem direito ao intelecto,
te priva do raciocínio,
te equipara a um dejeto,
depois deste entendimento,
minha vida tomou rumo,
e hoje eu me resumo,
as vestimentas do corpo,
para cobrir minhas vergonhas,
pois diferente da cegonha,
o povo sente um desconforto,
se exibir o meu patrimônio.
Enviado por Miguel Jacó em 09/02/2022
Código do texto: T7448579
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Miguel Jacó