Poemas : 

Caverna

 
O esforço hercúleo me domina
Na labuta diária da sobrevivência
Talvez te engane a minha aparência
Igual a tua que a minha abomina.

São horas e horas desgastantes
Uma parte da noite que me furta
Cerco minha vida feito uma Murta
Minha vida de mil sonhos gestantes .

Divido minha casa-caverna-noturna
Com algo que é de mim semelhante
Engendrado dentro da mesma vulva
Tendo a paternidade d'outro ruminante.

Quando a baba de Caim espumo
E meus olhos vertem fluidos escarlates
Saiba que eu não valho meio-quilate
Daquilo que de ti sai em sais, em sumo.

Não me confunda com minha prenhez
Nem me maltrate como eu costumo
Te maltratar com a minha mesquinhez
Pois exalo enxofre e fogo eu... Fumo!




Gyl Ferrys

 
Autor
Gyl
Autor
 
Texto
Data
Leituras
256
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.