desvirtua a palavra do alvor da inocência
o carmim do crepúsculo.
desalinha-se
na brisa do ocaso
a mente
para os poros
fazerem borbulha no
sangue ardente
eis que vibram
meus lábios
insinuações que a noite
premedita
como erguer uma prece angelical
no altar da cor de um céu em transição
que se despe acalorado
pra se vestir aveludado
de negro e dourado...?
tudo parece premeditado
licor de chamas pra seduzir...
ai!
que a noite é
um corvo em pouso
coberto de cetim
enluarado
será inteira
a meia noite
em meio às estrelas
rendas
e meias de seda
quando teu querer
e minha ousadia
não se prenderão em meio termo
meios
e meias
que me perdoem
que o crepúsculo é um terço
de fervor pontilhando
teu nome
mantra
alastrado de desejo
pra devoção suprema
de um beijo
by Mary
Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.