Explicar lentamente
o longo caminho de um pequeno corpo maior que o mundo
onde a vida é princípio
e o poema um sismo a romper as veias.
Sonhar a inocência de abril
em nomes cercados de águas e de tempo
e neles celebrar o amor e o sol que se agiganta.
Fechar os olhos e atravessar a luz profunda
a abrir-nos o peito
para que se cumpram todas as certezas.