A “venerada” lei da oferta versus demanda
tem sido, despudoradamente, substituída
pela insensibilidade versus desespero,
pois, o importante é lucrar por inteiro.
A solidariedade perde importância,
quando o triunfo laureia a ganância.
Recorre-se celeremente ao reducionismo
do economicismo ao justificar tal cinismo.
Pauta-se miséria, abandono e desamparo
com equações de descaso e despreparo,
excluindo os miseráveis de tais formulações.
Nesta conspiração macabra, sem assombro,
a fome não espera e bate forte, com endosso.
Sobra, cinicamente, à população roer o osso.
"Viver é confrontar o caos no cotidiano,
evitando cair nas armadilhas da depressão."