Atravessar círculos concêntricos de ventos
e de escuridão.
Escutar a pulsação do silêncio
e a solidão
na oscilação das árvores.
Olham-me paredes em branco
e as ausências sobram-me
nos espaços de formas
arbitrárias
preenchidas por linhas imprecisas
quase indecifráveis.
E ao mesmo tempo
o peso do puzzle a espartilhar o pensamento
a dor acostada ao gesto adormecido no refúgio da noite.
A casa adiada. A pedra inocentemente
perdida na inclinação da vertigem.
Ou na migração das manhãs.