Todos os meus dias regresso
ao arvoredo onde guardo as tuas mãos.
O tempo suspende-me os olhos
nos nomes que se esfumam perto
da linha noturna do entorpecimento
dos ossos
quando o sangue quer atravessar
todas as sílabas
de todas as palavras límpidas
e clarear a serenidade das vozes.
E a vastidão deste silêncio azul parece
estender os braços
à força mobilizadora das águas.
Não fora esta lonjura por dentro
das veias
e eu diria que
como se fossem um ínfimo
grão de pó
por entre os dedos me rolariam todas as pedras
atravessadas por sombras e imagens indecifráveis.