Saia todas as manhãs
Depois de dar-lhe um beijo carinhoso na face
O compromisso de trabalhar e sustentar a casa
A missão árdua de resolver os conflitos
E amar de forma incondicional
Perfeitamente um sonho de amor eterno nos pensamentos
O desejo intenso de ser feliz para sempre
Até que não há mais como esconder a decepção.
Agora não existe o beijo na face
Apenas o silêncio de uma cadeira vazia no meio da sala
Um caderno com folhas amarelas de poeira
Teias de aranha a enfeitá-lo na mesinha de centro
O tempo de espera é longo quando não há mais nada
E tudo não passa de ilusão perdida.
Não seja cega
Não espere um amor que não existe mais
Feche os seus olhos e esqueça quem um dia te disse
Que o amor era para sempre
A vida é mais do que uma ilusão perdida
E o tempo pode curar todas as feridas
Até mesmo as mais profundas.
Quando se ama de verdade
Tudo pode ser entendido através do olhar
Se o coração não pode esconder
O sentimento que nasce no mais profundo do ser
A única razão de existir
É o amor que tudo pode restaurar.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense