A vez primeira, se não minto,
Que eu a vi,
Estavas sentada ali
Próxima ao campo de trigo.
Eu quis lhe dá pascigo,
Dar-lhe teto e casa
Ofereci-te abrigo
Embaixo da minha asa.
Chamei, clamei por ti.
Sentou-se mais perto
Foi se afastando o deserto
Que havia dentro de mim.
Criamos laços e os abraços
Se tornaram trocas de beijos
E toda vez que os teus cabelos vejo
Lembro do trigo em campos de aço.
A primeira vez que eu te senti
Aqui, bem dentro do meu peito,
Foi num dia mais que perfeito
Num trecho de Saint-Exupéry.
Gyl Ferrys