Aqui ainda não é a casa
dizes-me
e o silêncio a permanecer
depois dos teus olhos líquidos
sem mácula. Há uma brisa transparente
de promessa
nos teus lábios
vestidos de raízes
e de ecos
a tentar dissolver a névoa
breve
da paisagem. Há um mar a nascer
na tua pele
uma vastidão de azul
a desnudar o tempo verde
que dança no teu peito
sem pressa
como as borboletas.