Quando eu morrer,
deitem as cinzas junto ao chilrear dos pássaros,
que as pétalas da amendoeira em flor,
possam cair sobre a minha face,
que o sol escaldante queime a minha pele,
que os pingos da chuva mantem a minha sede,
quero pairar nos feixes de luz
que deslizam das copas das arvores,
quero contemplar as borboletas nos seus voos delicados,
regozijar-me com as cores das suas azas,
ficar na sombra, esperando que o calor passe,
cobrir-me pelo manto de flores primaveris,
poder sentar me a beira do riacho,
escutar o deslizar das aguas,
...
viverei assim para sempre,
e assim me podeis recordar,