Separo o sofrer da minh'alma
Dos nutrientes da planta
Do sofrimento da fauna
Do menos que agora agiganta.
Se paro, reparo e reflito
Nas crias do Criador
Na imensidão do infinito
No grito ensurdecedor
Que reverbera na hera
Mas que não flutua na flor,
Eu grito e omito o meu grito
Seguindo este rito tenaz
Mas só um tecer de mentiras
Já afasta de mim minha paz.
Se faz despertar minhas iras,
O sumo não me satisfaz.
Ó, Luz que me fez refletir!
Ó, Sol que me faz o que sou!
Se os cacos que eu trago de mim
Retalho se descosturou
Na existência do breve
Todos cosidos de vida
Na superfície perdida
Da ilha na lua da pele.
(Na superfície da ilha
Na lua que fica na pele)
Eu rasgo o ventre do dia
Eu queimo a pelúcia da neve
Quem nega uma nesga de sol?
Se tudo é uma doce magia
Da luz que me guia, é o farol.
Quem mata a mata se mata.
O seu coração não faz festa
Abala a estrutura da casa
Com o choro que vem da floresta.
Quando eu despertei do seu sonho
Procurei por você e não estava.
Sofrimento humano medonho
Do meu mundo que se...acabava!
Gyl Ferrys