Ainda que não tivesse a visão do sol
No vale sombrio da morte
Meus passos caminhavam temerosamente
Os pensamentos vagueavam como raios em noites de tempestades
As minhas memórias não falharam
E tudo parecia ser novo na caminhada.
Os dias passavam lentamente
Como se não quisessem mais existir
E nem mesmo podia se ver o sorriso no olhar de quem tanto amou
Porque as lembranças sempre permaneciam.
Dias de um futuro esquecido
Que se perdeu nos pensamentos de outrora
Como os pássaros que voavam e regurgitavam incessantemente
Os passos tropeçavam nas pedras do caminho
Margeados pelos espinhos entre as flores
Onde as borboletas voavam no seu colorido tradicional
O coração quase parava com as lembranças.
O mais bonito na vida
É quando se vive o sonho real do coração
Quando se ama com a intensidade
Que causa a verdadeira felicidade
Sempre desejada pelas almas apaixonadas e seladas pelo amor
E tudo isso pode ser bem real.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense