Crónicas : 

QUERIA AQUI DE UMA FORMA SINGULAR JORGE HUMBERTO

 
CRÓNICA


Queria aqui, de uma forma singular, dizer do meu muito apreço e sensibilidade,
para com todos vós, que, lendo os meus poemas e dando-me a vossa amizade,
fazem-me honrarias tamanhas, prestigiando-me e encarecendo ainda mais a minha muita estima que nutro por todos vós.
Como muito bem saberão, a vida não é fácil para ninguém, talvez a uns mais do que a outros, encontrar o seu caminho;
e a serenidade necessária para se achar, é não só a meta a alcançar, como também, de certa forma, uma questão muito pessoal, um sorrir no fim, olhando para trás, sem altivez, mas dizendo: eu consegui.
É certo igualmente que, embora o crescimento se vá apresentando como uma realidade palpável, a pressa do “querer”, tome por vezes proporções de um certo egoísmo, da nossa parte, porque queríamos para já,
o que só tem lugar no amanhã, no dia a dia de cada um, e por isso quero aqui penitenciar-me, e dizer, o quanto reconheço ainda certas e determinadas fragilidades minhas, com a agravante destas poderem causar dano, não só a mim, mas principalmente aos amigos.
E sim… para mim todos são amigos, semelhança que não me incomoda em nada possíveis diferenças: fácil seria dizer que as coisas não são bem assim, talvez até mais inteligente assumir tal posição, mas não me colocando em
bicos de pé, pois o negro e o obscuro já me o disseram, durante muitos anos amargos, que só a morte é definitiva e Inalterável, sei também que, para eu ser em mim, terei primeiro de sê-lo nos que me rodeiam, e os que me rodeiam é o Mundo.
Obviamente que não terei nem a arrogância, tão pouco a capacidade, para me alvitrar, a tamanho desígnio; assim como ‘Acredito’ que lutar pelo que julgamos certo, é não só uma obrigação, como também um desígnio,
à qual nos devemos entregar, mesmo não tendo mais forças connosco, para podermos mudar o mundo.
E nisto também acredito, que só se pode mudar alguma coisa e ter uma vida melhor, um Mundo mais correcto, se cada um poder fazer, não só o que gosta mas essencialmente o que for a sua capacidade, para ante o que produzir, realizar algo que seja para si como para os demais, e assim, colhidos os frutos, ambos se concretizarem;
mais humanos, mais ‘pessoa(s)’, que amará e será também, por isso, amada.
É claro que nem sempre se pode ter ou fazer, o que melhor e com mais capacidades sabemos, e traz-nos satisfação,
que uns são mente e outros braço (s), a ambos o mesmo mérito e importância, mas julgo não ser nem despropositado, nem egoísmo nosso, se, ainda que timidamente, acharmos que tal sonho seria, mais que uma obrigação, um dever de Cada um - embora aqui, sempre tenhamos de depender da generosidade e do espírito elevado duns em relação aos demais, no fundo, um caminho feito a dois, onde a cada um, (desses dois seres iguais), caberia aceitar a ‘diferença’, que também acabaria por ser a grandeza de ambos.
Se a vida fosse tão fácil assim e certeira, seriam, pois, as opções a tomar, e as Dificuldades a serem superadas, coisa de Pouco ou nenhum transtorno, havendo ainda que, em todo este caminho, feito a dois, a base de todo o sucesso, ou falta deste, se tivesse de pautar sempre pela elevada honestidade e reconhecimento, quer de suas qualidades, quer de seus defeitos, que a ambos vestiria por forma igual.
E essa é a minha realidade, que também será a vossa, pois que vos levo de mãos dadas comigo, num caminho que terá Forçosamente de ser colhido por ambas as partes, se quisermos um mundo, não de utopia ou só de sonho dito: de Qualidade real e viável, com grandezas a caber a todos e em cada um: Poeta …eis a minha honestidade crua e nua, a possível ante as minhas poucas opções.
Agradecendo a vossa atenção, desejo-lhes sempre o melhor para as vossas vidas e dos vossos…
Obrigado, por me terem salvo do escuro.


Jorge Humberto
2003

 
Autor
jorgehumberto
 
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