Privatizaram o estádio
e o time do coração!
Quanto vale a emoção?
Um tostão, um milhão,
uma anônima ação,
quiçá uma S.A.?
Torcedores atônitos
vibram com as ações
de seus times nos pregões,
torcem por gols de bônus,
dividendos dos pênaltis
e escanteios como ônus.
Seus atletas são operadores,
chutando em suas mesas
operações sem emoções,
onde torcedores são as presas
de anônimas sociedades,
onde ter lucro é goleada.
É fundamental ver o torcedor
cantando jingle do patrocinador,
agitando a logomarca do time,
sentindo-se parte da corporação
que explora sua paixão.
Não basta torcer, aplique!
"Viver é confrontar o caos no cotidiano,
evitando cair nas armadilhas da depressão."
Inspirado no texto da colunista do UOL Milly Lacombe, publicado em 27/12/2021. Questionando a criação das SAF (Sociedades Anônimas de Futebol) que supostamente tornariam os clubes economicamente viáveis, mas, de fato apenas “privatizariam” os times.