Construiste pontes
traçaste linhas
no interior do silêncio.
[ Havia um pássaro
a reclamar-te tempo ]
Um sopro uma imagem
uma ideia [ ideal ]
um caminho escondido
um lago ao fundo de um bosque
uma casa a flutuar
no meio de um lugar.
Em redor dos traços
que nos ficaram.
[ Mas tu vestias o hábito
da servidão ]
Sem certezas perdemo-nos
da clemência do tempo.
Não distinguimos um único cais
na névoa do abandono.
E a paisagem forçada
a fugir
diante do meu olhar ausente.