Contra o concreto da calçada,
folhas repousam sossegadas,
mas, voam ao serem varridas,
sendo em borboletas alçadas.
Batendo asas ao vento,
são carreadas pela torrente
de elementos dormentes,
capturados sem consentimento.
Vento de plácida comoção
sopra intenso e nada o detém,
pois, Clio, a musa que libera a inspiração
não catalisa a razão por puro desdém.
Folhas transmutam-se borboletas
quando a criatividade vence a razão
e pelo vento dos sonhos são levadas
para muito além da emoção.
"Viver é confrontar o caos no cotidiano,
evitando cair nas armadilhas da depressão."
Nove musas inspiradoras residiriam no monte Hélicon, na região de Téspias, Grécia central, em consonância com a mitologia grega. Seriam filhas de Zeus e Mnemósine, sendo as deusas responsáveis por inspirar as artes, a ciência e a literatura. Entre elas encontrar-se-ia Clio, cujo nome significaria, em grego clássico, a “Proclamadora”, a musa da história e da criatividade.