Como me fazes falta,
cada tua ausencia,
arranca um choro adiantado, que exalta
a alma, e confronta a sua existencia
dentro de mim...
Sombra irreal, de um projetado relogio
onde sinto as horas apressadas,
e inevitavelmente representadas,
por cada batida do coração...
Como me fazes falta,
cada lembrança tua,
apresentou um dia, uma dinamica vital
dezimando a tristeza pouco a pouco,
como o curar de uma bebedeira,
tornando-se uma constante, mas curta alegria...
Por isso digo,
como me fizes-te falta,
a tua tragica retirada,
retirou tambem a alma de mim,
encara agora com a tua presença
a frieza desta vâ existencia,
que aos pouicos se tornou maçadora...
Sombra irreal,de um projetado relogio
onde se manteem as horas paradas,
por nao possuir mais, a força motora,
ou a carnal mecanica das coisas belas
que um dia o uniu ao bater do coração...
Paulo Alves