Poemas : 

CATIVO

 
Tags:  vento    deuses    profano    lascívia    fecundo  
 
#CATIVO

Então, meu destino...
Por fecundo amor à lua...
E o vento vem e tal qual me assombra...
Diante dos deuses profanos...
Sigo em falso desdém...

Sem náuseas e no cio...
A pretexto do frio...
Aflição dos aflitos...
No peito silêncio...
Cessa a alma o grito...

Coisas vãs que o mundo adora...
Começa o instinto...

Não acho o bem que me satisfaça...
Juro pelos céus a fé mais pura...
E a boca, com prazer, em lascívia murmura...

Os olhos requebram...
Então prometo o mais fiel carinho...
Esquento o sangue...
Irriço os pêlos...
E o coração deixa de ser gelo...

A frouxidão no amor é uma ofensa...
Sei disso...
E é esta a diferença...

Eu choro...
Eu me desespero...
Clamo e tremo...
Eu ardo...
Eu gemo...

Quando me entrego...
Tê-me cativo...

Sandro Paschoal Nogueira

Caminhos de um poeta

 
Autor
Conservatória
 
Texto
Data
Leituras
366
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.