Rodavas sobre o teu eixo
num esforço circular para não
atravessares a verdade.
Tinhas o tempo parado na distância
e o sorriso
entre sílabas náufragas e rituais de ausência.
_ Era uma vez o tempo...
… e ainda assim
segui o corpo do vento
a guardar sombras no coração das aves
e a entranhar a luz no exílio do teu olhar.
_ Era uma vez o tempo...
… e a minha voz a
tropeçar na face magoada do verso
quando a tarde era somente
uma página
nas minhas mãos.