Fala-me de saudades,
Sei das tuas lágrimas distantes e cúmplices
Do teu peito invertido,
Até, do teu amaciar sem chão.
Sei de tudo o que não trazes vestido,
Do teu silenciar em alarido,
Da tua raiva em vão.
Sei de tudo, só porque sei!
Li a transparência dura,
Da tua alma incúria
Saciando um carinho
Insegura, em ciumeira atroz.
É tão difícil chegar
Quando nos queremos encontrar
Em falta de comunicação.
Aí, me culpo a mim
E ao espelho que nos falou
Que de tão nítido,
E verdadeiro, me assustou.