O caminhar nem sempre é silencioso
Pode haver os barulhos das incertezas
Os rumores de pessoas que não acreditam
Que pode haver uma esperança
Eu não posso acreditar em nada disso
Tudo não passa de ilusão
Não existe ninguém que ame com sinceridade
E não é amor quando se pede algo em troca
Barganhas emocionais
De um tempo que insiste em não passar
O medo é real
A fúria é banal
Revoltas de um mundo em ruínas
Que acabará um dia em frangalhos
E nós seremos apenas mais uma lembrança
Esculpida em letras garrafais em algum túmulo
Na solidão de um tempo fugaz
Que corrói a alma
Indecisões e escolhas torturantes
Que destroem os sentimentos
Qual tempestade destruidora.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense