Quando os muros d'alma são entrelaçados,
Por artifícios, que nos envolvem no tempo...
Resgatando sem medo o horizonte sereno,
Sou eu chegando ao teu calor n'abraço!
Em luas pálidas que querem brilhar,
Levitamos nós, como plumas frias...
Eu queria ter você à madrugada minha!
Com a insensatez do teu olho a me guiar...
Numa espécie de mito a ser pinçado...
O meu corpo levita ao teu olhar sagrado
Feito borboleta em jardins de cor...
Nós somos nós, que encontramos sentimento,
À lua que tão árida, se desmancha ao vento,
Como o desejo que eu tenho sem pudor!
(Ledalge,in Nós)
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)