Isa morreu
e, consumido, sumiu
agarrado, até ao último segundo,
ao lar que o teve
Isa morreu
abençoando o ar rarefeito,
largado a um abraço
que soube tecer
Isa morreu,
deu aos caminhos finais,
confundindo-se com a estrada
a (per)correr
Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.
Eugénio de Andrade
Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.
Isa é A personagem de "Para onde vão os guarda-chuvas" de Afonso Cruz, que recomendo vivamente, e que me deixou (acho que a expressão em calão é fodido) aborrecido com o autor.
Para fazer as pazes, comprei e li o "Jalan Jalan", e a guerra acabou.