A caminhada é solitária Não se ouve nem uma voz de incentivo pelo caminho Apenas olhares furtivos e assustadores Que penetram a alma dos exilados Cancelados pela sociedade Execrados por serem diferentes. Monstros de uma era que se diz civilizada Apedrejados Caluniados como aberrações Como se todos os outros fossem perfeitos No vale dos esquecidos eles andam Não querem ser vistos Não podem ser vistos Apenas precisam viver E não podem viver Sem serem julgados pelos bons Pelos conservadores De uma moral tão hipócrita Como os seus defensores. São esses que vivem a margem da sociedade No vale dos esquecidos estão E não podem mais sonhar.