Traz em si os cheiros campestres
Das rosas machucadas e belas
Das ninfas que esperam em janelas
Por príncipes em cavalos silvestres.
Sinto os eflúvios dos seus suspiros
Que balançam as flores invernais
Descritas em mitológicos papiros
Descobertos nas cavernas infernais.
E são agridoces os aromas divinos
Que flertam com as frutas e hortelãs
Despertando os feromônios femininos
Os pecados das primeiras romãs...
As essências que percorrem florestas
Fazendo felizes os seres viventes
Que se regozijam em júbilos e festas
Nas águas das deleitosas torrentes.
Bálsamos redolentes em riachos revoltos
Furtando o hálito das plantas silentes
Corrompendo os corações e as mentes
Arômatas que se desprendem dos cabelos soltos
De quem traz em si os sonhos dormentes
Das fadas encantadas
Que aguardam em torres sem escadas
A chegada de príncipes de amores... Doentes!
Gyl Ferrys