Os dias se passam e vou contemplando as areias do tempo
E suas constantes mudanças. Novos dias me trazem alívio
Tenho sentido como uma lã macia nos meus pés descalços
Minhas verdades não podem mais se esconder na memória
Cada pensamento e gesto são capturados quando nascem
Tal criaturas imaginárias, numa velha película fotográfica
Já me consinto ter um segundo olhar, sobre muitas coisas
Não se esqueça que para sair terás que antes ter entrado
Olho acima das antigas escadas em espiral e vejo os rostos
Todos buscam uma vida melhor, qual a planta luta pelo sol
Nada foge a essa regra, porém muitos acreditam ser livres
Seguem com medo e suas faces são lívidas qual porcelana
O caminho é claro, mas os olhos da carne não o podem ver
Já foi traçado muito tempo atrás, mas não nos é revelado
Só a morte caminha majestosa, dela não se pode esconder
Assim seguimos, ovelhas, no cercado como quer o criador